segunda-feira, 19 de abril de 2010

Wireless: o trivial variado

E então eu tenho uma rede wireless! Quem diria, não? Ok, ok, você tem razão. Uma rede wireless já deixou de ser novidade há mais de ano já. Talvez dois. Mas pra mim ainda tinha ares de novidade. Afinal, pra quê eu precisaria de uma rede wireless? Meu grande e nada discreto desktop sempre esteve conectado no modem do Virtua e aquele trambolho é tão portável quanto um saco de cimento. Mas de lá para cá, muita coisa mudou na minha vida e na minha rotina. Agora não tenho apenas um saco de cimento com 800 GB de disco e um processador Core2Duo que já foi moderno um dia. Agora tenho também um notebook Dell que me parecia o último grito em modernidade quando chegou há praticamente um ano. Mas tive novamente que rever meus conceitos quando dei para minha mulher um daqueles elegantérrimos netbooks da Acer, o Aspire One, que a gente tem a impressão que se não tomar cuidado vai acabar perdendo debaixo da unha.

O fato é que esse arsenal todo estava pedindo uma solução de conectividade à internet que fosse mais prática que aqueles trabuquinhos espetados nas portas USB que atendem pelo pomposo nome de modems 3G. Meu modem é da falecida Brasil Telecom, atual Oi, e funciona que é uma beleza no centro de Porto Alegre, onde conecto durante o expediente. Mas quando volto pra casa, aqui na zona sul, ele sofre pra conseguir uma conexão decente. Isso porque aqui no interior o sinal não é tão bom. Mas pelo menos o plano é generoso (quando pega!): sem franquia, posso ficar conectado a perder de vista e o valor mensal é fixo. Já aconteceu de trafegar mais de 4 GB numa tarde, entre downloads e uploads. Mas à noite, em casa, era difícil arrancar dele algo que prestasse. Me senti de volta ao tempo das antenas internas das TVs pré-históricas (antes da TV paga ou digital, ou seja, na Idade Média) em que a gente ficava girando as hastes pra todo lado procurando uma réstia de melhoria na imagem. É o que eu fazia com meu trabuquinho em busca de um sinal aproveitável aqui na nossa sala.

Minha mulher, por outro lado, tem um poderoso trabuquinho da Vivo. Indiscutível: é o melhor sinal no RS. Vai do excepcional ao bastante bom e raramente te deixa na mão. A cobertura de melhor qualidade, sem dúvida. Infelizmente, a má notícia é a franquia. Exagerou, dançou. Você é gentilmente brindado com valores-surpresa na sua fatura mensal (esse hífen também caiu na Deforma Horrorgráfica? Deus do céu! Não respeitam mais ninguém hoje em dia...)

Posto que agora temos praticamente um CPD em casa (o que? Você não sabe o que é um CPD? Sorte sua! Sinal de que tem no máximo 20 anos de idade. Que inveja!), tentar fazer malabarismo com os modems espetadinhos nas portas USB estava ficando um saco! Aí eu resolvi comprar um roteador wireless e hoje finalmente instalei o troço.

Gente, é simplesmente uma delícia. Estou escrevendo esse texto confortavelmente torto na nossa cama de casal, com um travesseiro que certamente não faz as vezes de almofadão mas, que diabos!, eu estou adorando! Agora todo mundo está pendurado no Virtua que, certamente, vai passar por um upgrade de velocidade. :) Welcome to the jungle, babe.

Se eu fosse um pouco mais esperto teria antecipado a sensação de liberdade proporcionada pelo brinquedinho mas, como minha mulher sempre me lembra, eu sou um pouco cabeçudo. Mas antes tarde do que nunca. Descobri que é muito bom poder ir pra qualquer canto do apartamento com o noutibúqui a tiracolo pronto pra entrar em ação. Neste exato momento estamos nós dois, cada um no seu micro (eu no brogue e ela olhando sites de decoração, sua nova paixão já faz uns 5 dias, ou seja, falta pouco pra mudar de interesse). Sim, crianças, nem só de sexo vive o homem por isso a cama de casal também serve pra isso: conectar-se à internet, o que mais?

Bem, qual será meu próximo movimento agora? Ainda não sei... Mas estou namorando um toca-discos (pick up para os puristas) USB da Ion Audio que eu vi no shopping há 3 dias. Coisa mais linda! Vocês, da nova geração, não tiveram a oportunidade de apreciar um LP sendo tocado num destes. Não dá pra explicar o que vocês perderam. Só vendo pra entender. Ou nem vendo, sei lá. Enfim, o dito cujo é uma graça mas caro que dá medo, portanto vai ficar em banho-maria até criar vergonha na cara... Snif... :'(

Well, por hoje é só, pessoal.

Ah, só pra encerrar, já está bastante claro que esse blogue não está mais tão alinhado com o que a descrição no topo parece indicar. Acho que vou ter que mudar novamente o foco. Ai, ai... (suspiro)