quarta-feira, 31 de março de 2010

Convertendo seus DVDs para formato digital facilmente

Você, caro leitor, certamente já ouviu falar de vídeos disponíveis na internet em vários formatos digitais. Talvez até já tenha baixado alguns para seu computador, não é? Mas se você for leigo, pode imaginar que produzir vídeos é algo muito complexo, somente para iniciados, geninhos da informática ou, como os chamamos carinhosamente, escovadores de bit.

A verdade é que é bastante simples converter vídeos para formatos digitais. Num tópico anterior eu falei sobre converter seus CDs para formato digital e poder ouvir livremente suas músicas enquanto seus CDs continuam guardados em segurança. O que estou propondo aqui é a mesma coisa mas agora tratando de DVDs. Você pode fazer cópias digitais de seus DVDs e usá-las à vontade, mantendo seus discos preservados e eternizados, garantindo seu investimento.

Fiz um tutorial em PDF com várias telas explicativas, mostrando com detalhes a forma de se trabalhar com um programa chamado HandBrake, um software muito interessante, opensource e fácil de usar. Ele usa, entre outros, um codec chamado x.264, que é a versão também opensource de um codec chamado H.264 e que vem sendo considerada a sensação do momento na área de conversão de vídeos. Todos os softwares envolvidos no tutorial são opensource ou freeware, de forma que não há caras licenças envolvidas nem pirataria de software. Você pode usá-los despreocupadamente e fazer cópias dos seus discos de forma segura.

Tudo de que você precisará é de um computador com leitor de DVD, um bom processador (quanto mais poderoso, mais rápida será a conversão) e muito espaço em disco. Por outro lado, você ficará surpreso ao ver que o processo é muito simples, de fato. Após umas poucas conversões você estará trabalhando sem olhar para o tutorial. Confie em mim. :)

Você poderá incluir todas as legendas e todos os idiomas que quiser, deixando de lado o que não interessa. No tutorial há um link para um arquivo de demonstração do trabalho final. São apenas 11 MB. baixe-o e veja por si só. No tutorial você verá como alternar entre legendas e áudios.

Bem, chega de conversa fiada. O tutorial em si pode ser baixado nesse link. E lembre-se de comentar aqui seus sucessos ou pedir ajuda nas eventuais dificuldades. Estamos aqui pra isso mesmo: compartilhar conhecimento e nos divertirmos. Eu certamente estou.

Abraço.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Moderninho? Quem? Eu?

Ultimamente temos ouvido falar bastante sobre tecnologia de imagem em 3D. A tecnologia existe há muito tempo e mais de uma vez se tentou introduzi-la no mercado mas até então sem sucesso. Era tratada pela população como uma curiosidade mas nunca se sustentou economicamente, voltando ao limbo até a próxima surtida.

Eis que os novos lançamentos deram uma oxigenada na técnica. O estrondoso sucesso de Avatar e outros lançamentos recentes chamaram a atenção do público e tudo indica que desta vez o sistema 3D veio pra ficar. Melhorias técnicas (que ainda não dispensam o uso de óculos especiais, infelizmente) e filmes com grande apelo popular devem consolidar de uma vez essa forma alternativa de mergulhar na realidade cinematográfica.

O cinema, desde sempre, foi um meio de entretenimento envolvente. Quando estamos numa sala de projeção, nos esquecemos do mundo real por um período de aproximadamente duas horas. Nossos problemas, nossos compromissos, nossas personas até, ficam adormecidas e durante aquele espetáculo nós passamos a ser outras pessoas, a viver outras "realidades". Uma tecnologia que torne a ambientação ainda mais envolvente tem um grande apelo, com certeza. Mas isso não substitui a necessidade de ter algo a se apresentar ao público. Filmes ruins não tornarão a tecnologia um sucesso, até porque os ingressos custam mais que os das salas convencionais e a novidade em si não é um fim que justifique tirar alguém de casa para ir ao cinema. Ela é, como sempre, uma ferramenta, um meio de tornar mais interessante uma boa história, com um bom elenco, cenários, etc.

Essa é uma modernidade fácil de assimilar, até. O uso de óculos especiais não serão limitadores à aceitação por parte do público. Por outro lado, para mim, nem toda modernidade é bem-vinda. Ainda não tive a oportunidade de ter em mãos o Kindle, iPad ou qualquer outro leitor eletrônico (e portanto escrevo usando apenas meus preconceitos) mas não consigo me imaginar lendo um livro numa tela digital. Para mim, livro é livro. Simplesmente não consigo me concentrar lendo algo na tela de um computador. Sei que existem motivos ecológicos para adotar a nova tecnologia e provavelmente não terei como resistir a ela eternamente, se a mesma se estabelecer. Apenas considero que resistirei o quanto puder.

O livro tem um charme. Quem gosta de livros sabe do que eu falo. O peso nas mãos, o toque do papel, a virada de página, o cheiro do livro, tudo isso faz parte da ambientação que ele proporciona. Ainda que não intencional, é como se fosse a nossa sala de cinema durante uma leitura. Ao reconhecermos todos esses detalhes familiares, nos sentimos à vontade, nos recostamos na poltrona favorita e mergulhamos no texto e ,tal qual no cinema, nos esquecemos do mundo real à nossa volta.

O fato é que eu sou um sujeito apaixonado por tecnologia, me interesso por novidades mas não necessariamente me deixo envolver por cada um de seus novos aspectos. Existem coisas que sempre terão um lugar especial na minha vida e que não são substituíveis por equipamentos, gadgets ou coisas que o valham. Ou seja, sou um romântico. :)

Mas tudo bem. Se você não pensa assim, no problem! O importante é não se tornar um alienado tecnológico mas também evitar se tornar refém das novidades. Encontre seu ponto de equilíbrio, sua zona de conforto. Não fuja da experimentação mas não se renda à tecnologia só pela novidade. Descubra o que o deixa satisfeito, tranquilo e mãos à obra. Esses momentos de lazer são seus e, como tais, sagrados. Portanto, cumpra seus rituais com a pompa e circunstância que eles merecem. E seja feliz.